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DIA DA INDÚSTRIA: Indústria mato-grossense celebra avanços, mas desafios ainda freiam pleno desenvolvimento

Neste 25 de maio, data em que se celebra o Dia da Indústria, o setor industrial de Mato Grosso vive um momento de transição. Impulsionado pelo agronegócio, o estado tem visto um crescimento constante em segmentos como agroindústria, bioenergia e produção de insumos, mas ainda enfrenta gargalos que limitam seu potencial de expansão e diversificação.

De acordo com dados da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), o setor industrial representa de 16,3% do PIB estadual, sendo um dos motores da economia local. O destaque continua sendo a agroindústria, responsável por agregar valor à produção primária mato-grossense, como o processamento de grãos, carne e produtos lácteos. A indústria mato-grossense é composta, segundo levantamentos de 2023 do Observatório de Mato Grosso, por 1.152 empresas de grande porte, 1.447 empresas médias, microempresas correspondem a 105.046 empreendimentos e 15.727 microempresas, totalizando 123.372 estabelecimentos.

Nos últimos anos, investimentos em tecnologia, sustentabilidade e qualificação de mão de obra vêm contribuindo para modernizar o parque industrial do estado. Um exemplo é o crescimento das usinas de etanol de milho e biodiesel, que têm fortalecido a cadeia produtiva e ampliado as oportunidades de emprego no interior.

Apesar dos avanços, a indústria ainda enfrenta sérios desafios. A logística continua sendo um dos principais entraves: a deficiência em infraestrutura de transporte, especialmente em regiões mais afastadas, encarece a produção e reduz a competitividade frente a outros estados. Além disso, a alta carga tributária e a burocracia são obstáculos recorrentes apontados por empresários, como retrata a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) apenas do mês de março de 2025, que chegou próximo a um bilhão de reais.

Segundo o presidente da Fiemt, Silvio Rangel, o setor industrial é uma das molas propulsoras do desenvolvimento econômico e social do estado. “A indústria é a nova força de Mato Grosso. Apesar dos desafios enfrentados, como o custo da energia, a qualificação da mão de obra e as limitações de infraestrutura, esse desempenho positivo sinaliza a força do setor industrial mato-grossense. Ela agrega valor à nossa produção, gera empregos de qualidade e impulsiona a arrecadação. O Sistema Fiemt permanece comprometido em fortalecer a competitividade da indústria, garantindo mais desenvolvimento e oportunidades para Mato Grosso”, disse.
Neste Dia da Indústria, o sentimento é de otimismo cauteloso. O setor celebra suas conquistas, mas também reforça a necessidade de diálogo entre o poder público e a iniciativa privada para construir um ambiente de negócios mais favorável. O futuro da indústria mato-grossense dependerá da capacidade de superar seus desafios históricos e aproveitar suas riquezas com inteligência e sustentabilidade.
A diretora executiva da Refrigerantes Marajá S/A, Ulana Bruehmueller, destaca a data como um instante para pensarmos e debatermos sobre a evolução do segmento industrial para os próximos anos. “A indústria é uma das principais geradoras de empregos no Mato Grosso e no Brasil. Essa data também serve como momento de reflexão sobre o futuro da indústria, as políticas públicas necessárias para seu fortalecimento e os caminhos para torná-la mais inovadora, sustentável e competitiva. Parabenizo todos aqueles que fazem parte deste setor tão importante para o desenvolvimento da nossa sociedade”, pontuou.

Assessoria

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