Polícia

Como identificar e denunciar abuso sofrido por uma criança ou adolescente próximo?

Procurador Paulo Prado, titular da Procuradoria Especializada na Defesa da Criança e do Adolescente, compartilhou dicas valiosas para reconhecer esses sinais de alerta.

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O enfrentamento ao abuso e à exploração sexual infantil é um tema de extrema importância e sensibilidade. Apesar de ser delicado, falar sobre o assunto é fundamental para proteger as crianças e adolescentes, especialmente considerando que aproximadamente 80% dos casos de violência sexual infantil são cometidos por alguém conhecido, seja da família ou de círculos próximos. Em entrevista ao Agora Pod, o procurador Paulo Prado, titular da Procuradoria Especializada na Defesa da Criança e do Adolescente, compartilhou dicas valiosas para reconhecer esses sinais de alerta.

“Geralmente os professores começam a perceber que aquele aluno que tinha um comportamento social comunicativo ele começa a ficar quieto, não gosta de interagir, diminui e qualquer coisa ele perde a paciência, fica agressivo e começa a chorar. E muitas crianças não querem mais ir embora para casa, querem ficar na escola… com medo de ir para casa e novamente o abuso acontecer. Isso os professores percebem”, alertou.

“Os pais a mãe de repente perceber que a menina fica muito calada, ela procura usar roupas que possam lhe dar maior proteção, calças compridas, duas, três blusas, duas, três bermudas por baixo da calça comprida, começam a aparecer hematomas emocionais, queda de cabelo, depressão, e choro fácil. As vezes reproduz isso em desenhos no papel. Então ficar atento a essas questões”, completou ao descrever os sinais.

O tema foi abordado durante o mês Maio Laranja, campanha que visa conscientizar sobre a importância da atenção, do diálogo e da denúncia na proteção de meninos e meninas contra o abuso sexual.

O bate-papo abordou sobre como o ambiente em que a criança deveria se sentir segura muitas vezes se transforma em um espaço de risco, causando traumas profundos e danos irreparáveis ao seu desenvolvimento psicológico. Diante deste cenário é valido discutir como é essencial que pais, responsáveis e professores estejam atentos aos sinais que podem indicar que uma criança está sofrendo abuso.

O especialista explicou que os sinais podem variar dependendo do ambiente em que a criança se encontra. Na escola, por exemplo, mudanças comportamentais podem incluir:

  • Diminuição da interação social e isolamento;
  • Perda de paciência;
  • Agressividade repentina;
  • Choro frequente;
  • Medo de ir embora da escola, indicando possível receio de voltar para casa.
Já em casa, os sinais podem ser:
  • Comportamento extremamente calado;
  • Choro fácil;
  • Presença de hematomas emocionais;
  • Queda de cabelo;
  • Depressão;
  • Reprodução de desenhos que indicam angústia;
  • Uso excessivo de roupas que cobrem o corpo, como calças e blusas múltiplas, para proteção.
Além desses, o Leiagora separou também outras situações por meio da cartilha do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) que podem indicar abuso:

Cartilha do MPMT

A cartilha do MPMT com outras orientações está disponível neste link.

Denunciem o abuso sexual contra menores, pois ele é problema nosso!

Polícia: 190;
Polícia Judiciária Civil: 197;
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu): 194
Dedica- 3901-5701
Disque Denúncia do Ministério Público: 0800-6471700
Hospital Julio Muller: 3613-1203 – 3615-7100
Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência Sexual: 3613-1203

Leiagora
Foto: Agora Pod/Leiagora

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