Médico confessa ter atirado na namorada de 15 anos e diz que estavam embriagados

A confissão foi feita à polícia na tarde desta segunda-feira (5), logo após ele se entregar na sede da Delegacia de Guarantã do Norte (a 708 km de Cuiabá). “Ele apresentou suas alegações e acabou confessando ter feito o disparo que tirou a vida da vítima”, revelou o delegado Waner Neves, responsável pelo caso.Bruno estava foragido e se apresentou na Base Aérea do Cachimbo, no Pará, na tarde desta segunda-feira. Em seguida, informou à Polícia Civil seu paradeiro, e uma equipe policial foi enviada para conduzi-lo até a delegacia de Guarantã do Norte.

Segundo a Polícia Civil, o interrogatório durou cerca de uma hora. O suspeito estava acompanhado de advogado. Durante o depoimento, ele afirmou que estava no carro com a vítima, voltando para casa após saírem para se divertir. Ambos estavam embriagados. Em determinado momento, a adolescente pediu para dirigir e foi para o colo dele. Nesse momento, Bruno pegou a arma, acreditando estar desmuniciada, e houve o disparo.

O médico relatou que prestou socorro imediato à vítima e a levou ao hospital. Conforme boletim de ocorrência, ele acompanhou toda a tentativa de salvar a jovem, mas ela não resistiu.

Ao ser questionado sobre a arma, Bruno inicialmente resistiu em informar onde ela estava, mas posteriormente indicou e acompanhou os policiais até o local onde a descartou, sob uma ponte na cidade de Guarantã do Norte, sentido o Estado do Pará.

Foi aberto um inquérito policial, que deve ser concluído em dez dias, uma vez que foi cumprido o mandado de prisão preventiva contra o suspeito.

O delegado também destacou que Bruno já possui um registro de medida protetiva de urgência contra uma ex-companheira, requerida em 2022.

O crime

Na madrugada de sábado (3), por volta das 2h, a Polícia Militar foi acionada a comparecer a um hospital na cidade de Guarantã do Norte, onde uma adolescente de 15 anos deu entrada vítima de disparo de arma de fogo na cabeça.

A jovem foi socorrida pelo namorado, que chegou visivelmente abalado ao hospital. Um enfermeiro relatou que Bruno pediu para que salvassem a vida da menina, dizendo que não saberia viver sem ela.

A equipe médica tentou reanimar a vítima por cerca de 40 minutos, mas ela não resistiu. Durante o procedimento, Bruno acompanhou toda a tentativa. Após o óbito, em um momento de emoção, ele tentou danificar móveis do hospital, como janela e porta, e posteriormente deixou a unidade.