MT / Acrimat alerta pecuaristas para estratégias de enfrentamento da seca .

Entre os pontos críticos está o abastecimento de água. A queda no nível de rios, represas e poços torna essencial a revisão da infraestrutura de bebedouros, caixas d’água e sistemas de captação. “É preciso garantir não só a quantidade, mas a qualidade da água. Água suja ou escassa compromete a saúde do rebanho e afeta diretamente o desempenho”, alerta a equipe técnica da Acrimat.

A alimentação é outro aspecto que demanda atenção. Com a redução da qualidade do pasto durante a seca, a recomendação é formar reservas de volumoso, como silagem, feno e capim, e complementar com suplementação proteica e mineral. “O produtor precisa antecipar-se. Garantir estoque de alimento é essencial para evitar perda de peso e manter o ganho médio diário dos animais”, orienta o presidente da Acrimat, Oswaldo Ribeiro Jr.

O zootecnista Welton Cabral, CEO da Gesta’up Company, defende ajustes na lotação das pastagens como medida preventiva. Segundo ele, práticas como divisão de pastos, rodízio de piquetes e redução da taxa de lotação ajudam a preservar a forragem. “Aliviar o pasto substituindo animais prontos para o abate por bezerros, por exemplo, mantém a quantidade de cabeças e reduz a pressão peso/hectare”, explica.

O risco de incêndios é mais uma preocupação que exige planejamento. A Acrimat recomenda a criação de aceiros, capacitação de equipes e revisão de equipamentos de combate ao fogo. “É fundamental a união entre propriedades vizinhas para criar redes de apoio e comunicação rápida diante de focos de incêndio”, acrescenta Oswaldo.

A associação também orienta os pecuaristas a realizarem, antes da estiagem, manutenções em cercas, cochos, bebedouros e corredores de manejo, evitando falhas estruturais em um período já crítico para a produção.

“A seca é um fenômeno previsível. Quem se organiza agora passa pelo período seco com menos perdas e mais segurança. A Acrimat está à disposição com suporte técnico, capacitações e informações atualizadas para orientar os produtores”, conclui a entidade.