Polícia

MT: Prints revelam como adolescente de 15 anos usava redes sociais para promover automutilação e suicídio

O suspeito teve um mandado de internação provisória expedido nesta terça-feira (27), na cidade de Rondonópolis.

Prints revelam como um adolescente de 15 anos, que se autodenominava “Hakai” liderava uma rede nas redes sociais que instigava vítimas, principalmente adolescentes, a praticarem automutilação e suicídio por meio de aplicativos de mensagens. O suspeito teve um mandado de internação provisória expedido nesta terça-feira (27), na cidade de Rondonópolis (a 216 km de Cuiabá).

A conversa em questão ocorreu há mais de um ano. Na imagem é possível ver o menor ameaçando a vítima e se ela não obedecesse ele iria encaminhar “mídias” dela para a mãe. Em outros prints, o líder fala com a genitora da vítima expondo imagens dela. A mulher diz que vai denunciar na delegacia.

O nome utilizado pelo criminoso remete a conceitos de destruição, inspirado em animes como Dragon Ball, onde “Hakai” significa “destruição” e é uma habilidade dos Deuses da Destruição, ou de One Piece, onde representa um ataque de supremacia.

Segundo a Polícia Civil, em Mato Grosso foram cumpridas três ordens judiciais. Uma delas foi uma busca e apreensão domiciliar contra uma adolescente de 16 anos, na cidade de Sinop. As outras duas envolveram busca e apreensão, além de internação provisória, contra o adolescente de 15 anos em Rondonópolis, considerado líder do grupo.

Este menor já havia sido alvo de ações anteriores, incluindo a primeira fase da operação, deflagrada em agosto de 2024 e a Operação Discórdia, realizada em abril do mesmo ano. As apurações indicam que a rede, composta por adolescentes, praticava crimes como indução, instigação ou auxílio à automutilação e ao suicídio, além de perseguição (stalking), ameaças, produção, armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil, além de ações de apologia ao nazismo e invasão de sistemas informatizados, incluindo acessos não autorizados a bancos de dados públicos.

As atividades ilícitas aconteciam principalmente em plataformas como WhatsApp, Telegram e Discord, onde os investigados disseminavam conteúdos de violência extrema, estimulavam comportamentos autodestrutivos, realizavam coação psicológica, ameaças e expunham vítimas, em sua maioria  adolescentes, de forma a causar danos emocionais e psicológicos severos.

Leiagora
Foto: reprodução

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