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POR MEIO DE MENSAGENS: Major afirma que quase se afogou e reclama de atendimento dias antes de morrer

O Policial Militar Thiago Martins de Souza, de 34 anos, veio a óbito no último domingo (04), em decorrência de complicações do Covid-19.

O major da Polícia Militar Thiago Martins de Souza, de 34 anos, afirmou por meio de mensagens no aplicativo Whatsapp que quase se afogou após parte da máscara que ele usava se soltar enquanto esteve internado no Hospital São Judas Tadeu, em Cuiabá.

Além disso, o militar chegou a reclamar do atendimento na unidade “tem muita gente e poucos profissionais, atendimento aqui é ruim”, diz trecho de conversa.

“Mulher veio fazer o ‘trem’ cedo e me esqueceu com o aparelho. Dormi com o ‘trem’ na cara e soltou parte, quase afoguei. Soltei sozinho e até agora nada de socorro”, disse o major em mensagem enviada para uma pessoa não identificada.

A troca de mensagens veio à tona após a técnica de enfermagem Amanda Benício, de 38 anos, denunciar casos de negligência dentro do hospital.

Ela chegou a registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil na manhã de segunda-feira (05), dias após ter sido demitida do hospital.

Na frente da delegacia, ela declarou para um grupo de jornalistas, que uma das vítimas dos maus tratos aos pacientes na unidade seria o major Thiago Martins.

“O major Thiago chegou a ficar duas semanas sem tomar banho”, declarou.

No boletim de ocorrência, ela relatou que uma fisioterapeuta havia errado na regulagem de pressão da máscara VNI (ventilação não-invasiva) que o militar utilizava, fazendo com que Thiago ficasse roxo.

“Ele pediu socorro: ‘me tira daqui, estão me matando’. Eu chorava. Eu passando a mão na testa dele e chorava. “Ainda os médicos chegaram a dizer na frente dele ‘Vamos ter que deixar um morrer ou deixar ele morrer'”, afirmou a enfermeira.

GazetaMT/site parceiro

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