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Antes de greve, caminhoneiros propõem nova política de preço do diesel

A categoria marcou uma paralisação para a próxima segunda-feira, caso as reivindicações não sejam atendidas pelo governo federal

Para que possam deixar de promover uma greve na próxima segunda-feira (1º/11), caminhoneiros estão com uma proposta de precificação do óleo diesel para apresentar ao governo. De acordo com a categoria, é necessário adotar a política de preço de paridade de exportação (PPE), baseada exclusivamente em custos nacionais.

De acordo com Carlos Alberto Litti, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), essa proposta tem sido ventilada entre integrantes da categoria e “pode melhorar a condição” dos caminhoneiros, que reclamam do aumento do preço do diesel.

Eles também sugerem um acerto de contas anual entre a Petrobras e o governo. Com essas e outras medidas, os caminhoneiros calculam que haveria uma retração no preço da gasolina de 45%, de 27% no óleo diesel e de 23% no gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha.

Outra alternativa defendida é que os preços dos combustíveis sejam formados apenas por um somatório de custos de produção mais margens de lucro e que essas margens sejam reduzidas à metade.

A interpretação da categoria é que o modelo adotado pela Petrobras, que atrela seus preços às cotações internacionais do petróleo e derivados e ao câmbio, traz instabilidade e volatilidade expressiva ao óleo diesel no mercado interno.

Greve dos caminhoneiros

A mudança na política de preços da estatal é uma das principais reivindicações dos caminhoneiros, que ameaçam repetir, na próxima segunda, a greve histórica que parou o país em 2018.

Na quarta-feira (27/10), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, avaliou que o movimento deve ser similar ao que aconteceu em fevereiro deste ano, quando algumas ações isoladas da categoria foram identificadas e “rapidamente contornadas”.

Ele disse ter certeza de que a iniciativa não vai causar transtornos para a sociedade. “Essa é a 16ª tentativa de paralisação desde 2019. Todas as outras 15 nós conseguimos evitar”, declarou o ministro, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Metrópoles

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