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Anvisa libera importação de 6 milhões de doses da vacina chinesa Corona Vac encomendadas pelo Butantan

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou, nesta sexta-feira, por unanimidade a importação de 6 milhões de doses da vacina CoronaVac solicitadas pelo Instituto Butantan.

A solicitação do Butantan passou pela relatoria do diretor-presidente da Agência, Antonio Barra Torres, que deu parecer favorável ao pedido. No voto, Barra cita que gerência responsável pelo tema na Anvisa afirmou que ” não vislumbra risco na autorização excepcional de importação, considerando o compromisso assumido pelo IB (Instituto Butantan) de somente utilizar o produto em caso de deferimento do registro por parte da ANVISA.”

Barra cita ainda que, segundo a gerência, “dada a situação de emergência, caso o registro seja aprovado, a medida poderia agilizar a disponibilização da vacina à população brasileira”.

“Considerando tratar-se de aquisição e importação de medicamento para atendimento de programa de saúde pública (qual seja, vacinação da população contra a COVID-19); a missão da Anvisa e o interesse da saúde pública; que na importação em caráter excepcional de produto sem registro é de responsabilidade do importador garantir a eficácia, segurança e qualidade do produto, inclusive o monitoramento do seu uso e o exercício da farmacovigilância; manifesto-me FAVORÁVEL à importação, em caráter excepcional, de 6.000.000 de doses de VACINA”, diz o voto de Barra.

Mais cedo a Anvisa afirmou que já havia analisado o pedido de importação de insumos para produção da vacina Coronavac por parte do Instituto Butantan quando a reclamação do presidente da instituição, Dimas Covas, se queixando de atraso na liberação veio à tona. Em nota, a Anvisa disse ainda que encontrou “discrepâncias” no pedido do Butantan, que foram comunicadas ao instituto. Segundo agência, no mesmo processo, há solicitação para importar vacina na forma de seringa e de produto não envasado, que têm condições sanitária diferentes.

No comunicado, a agência negou que tenha havido “retardo, atraso ou morosidade” por parte do órgão no processo de importação de insumos para Coronavac, que é produzida pelo Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

A nota foi divulgada após a queixa do diretor-geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, sobre uma demora da Anvisa em apreciar o pedido. Ele deu as declarações à Folha de S. Paulo. Covas afirmou que soube nesta quinta-feira que a solicitação de compra de insumos, feita ainda em setembro, só seria avaliada em 11 novembro. A matéria-prima seria importante para garantir a produção da vacina chinesa, a CoronaVac, no Brasil.

Fonte: JORNAL EXTRA

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