Boletim do golpe (1): Justiça rebate supostas dúvidas dos militares

Bolsonaro e o Ministério da Defesa se empenham em lançar suspeitas sobre as urnas eletrônicas e a apuração dos votos

Por Ricardo Noblat

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Lembra-se de que Bolsonaro, em 27 de abril passado, disse que os militares haviam manifestado à Justiça seu interesse em fazer apuração paralela dos votos das eleições de outubro próximo?

De acordo com ele, os votos das eleições são apurados em uma “sala secreta” do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na qual “meia dúzia de técnicos dizem ao final: ‘Olha, quem ganhou foi esse’”.

A proposta seria a de instalação de “um cabo” ou “duto” de modo que todos os “dados” fossem transmitidos também para um computador específico das Forças Armadas.

Foi em discurso no Palácio do Planalto que Bolsonaro revelou:

“Uma das sugestões é que, [com] esse mesmo duto que alimenta na sala secreta os computadores, seja feita uma ramificação um pouquinho à direita para que tenhamos do lado um computador também das Forças Armadas para contar os votos no Brasil”.

Para variar, Bolsonaro mentiu. Entre as recomendações feitas pelo Ministério da Defesa, não consta nenhuma desse tipo, segundo informou o presidente do tribunal, ministro Edson Fachin.

A mentira de Bolsonaro é mais uma entre tantas para desacreditar o sistema eleitoral e faz parte do seu plano golpista de não reconhecer os resultados oficiais das eleições caso as perca.

Ricardo Noblat e jornalista

 

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