Do leitor

Campos Belos

Poema de Hemélio Silva

Meados da primeira década
Do terceiro milênio.
Sentado no celeiro do mundo,
Teleporte: invenção de gênio.
Entro virtualmente,
Numa viagem espetacular,
Aciono o videoteipe,
A fita começa a rodar.
Paisagem de inspirar artista,
Um riacho a correr.
O milharal é o pano de fundo,
Campos Belos: como é bom te ver.
Um menino guia o carro,
A carga era rapadura,
Os bois usam a força
Na mais bela postura.
O eixo e o cocões,
Sebo, canga e canzil.
Um mantra inefável
No interior do Brasil.
Festas e novenas,
Brevidades de derreter na boca.
Recarga de batería.
Catarse! Que coisa louca!
Sintonizei a faixa certa
Como filho de Ícaro.
Bati asas para o mundo.
Voltei… Pois és raro!

Hermélio Silva – Formado em Marketing, escritor com 25 livros publicados. Membro fundador da Academia Rondonopolitana de Letras – ARL, cadeira nº 06. Membro do Comitê Nacional de Cerimonial Público – CNCP. Secretário de Comunicação da Câmara Municipal de Rondonópolis (2015 e 2016, 2018…).

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