Autos e Motores

Citroën AMI: sem emissões nem CNH

Modelinho não passa dos 45 km/h e não requer carteira de motorista e, na França, pode ser guiado por maiores de 14 anos

Na França, se você tem 14 anos ou mais, já pode ter um carro para chamar de seu, o Citroën AMI. Ou quase isso. Na verdade, o modelinho é enquadrado na categoria de quadriciclo – e não automóvel –, e não passa dos 45 km/h, sendo indicado, claro, para uso exclusivamente urbano.

Lançado em 2021, o AMI pesa 485 kg, é construído em plástico, tem 2,41m de comprimento e 1,39 m de largura, contando com acomodações para duas pessoas. Seu motor, fornece 8,1 cv de potência e funciona acoplado a uma bateria de 5,5 kWh, que lhe garante uma autonomia de até 70 km.

Se esses os números são, hum, minimalistas, seu sucesso entre os jovens europeus tem sido grande. Por suas características, na França ele pode ser conduzido por maiores de 14 anos (16 na maioria dos outros países europeus) e é vendido em seu país de origem por cerca de 7,4 mil euros (cerca de R$ 39,4 mil, em conversão direta). 

O carrinho já foi lançado em países vizinhos e, mais, recentemente chegou ao Reino Unido, onde despertou tanto interesse que gerou uma fila de espera com mais de 8 mil inscritos.

Mas para dirigir um desses carrinhos, lá, você não precisa nem comprá-lo. Pagando uma inscrição de 900 euros (R$ 4,8 mil) e, depois, apenas 19,99 euros (R$ 107) mensais, qualquer um pode se associar ao serviço de assinatura e ter acesso a ele, quando precisar, num sistema de compartilhamento – que, aliás, é uma forte tendência para os próximos anos.

Só que, ironicamente, em muitos países – como o já mencionado Reino Unido – a maior procura tem sido pela compra de um exemplar, mesmo. A explicação para essa preferência talvez esteja na recente pandemia de Covid 19, que fez todo mundo ficar receoso em compartilhar qualquer coisa.

E no Brasil?

Tanto sucesso na Europa, fez com que a Citroën pensasse seriamente sobre oferecer o modelinho em outros continentes. Já há planos para implantar serviços de compartilhamentos do modelo em cidades norte-americanas e não está descartada sua vinda para o Brasil.

Para ser competitivo aqui, porém, será preciso que também possa ser considerado um quadriciclo leve, tal qual é na Europa, uma categoria que equivale à dos ciclomotores de duas rodas e menos de 50 cilindradas, podendo ser, então, guiado por maiores de 16 anos.

Se for considerado um carro, para circular aqui ele teria de ser equipado com air-bags e freios ABS, entre outras coisas, o que elevaria demais deu preço final.

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