Do leitor

COMPANHEIRA

Tem companhia mais fiel do que seu bichinho de estimação? Não importa se é macho ou fêmea, se é um cão, um gato, um pato ou qualquer outro tipo de animal. Eles te amam incondicionalmente, até mesmo quando você perde a paciência e deixa de acariciá-los.

Mas, afinal, por que adotamos animais e nos apegamos tanto a eles, sabendo que têm um período curto de vida?

Nosso amor por eles é verdadeiro ou apenas uma projeção de nossa solidão em um animalzinho que podemos controlar a nosso bel prazer? Sim, porque não nos cansamos de mostrar às pessoas como são engraçadinhos, que fazem isso e aquilo… O pior é que quando envelhecem e ficam doentes, há quem os descarte como se fossem um peso que não servem mais a seus propósitos narcisista.

Eu tenho uma cachorrinha de estimação. Aliás, eu tinha duas. Infelizmente, uma delas veio a falecer de problemas cardíacos e a outra sofre do mesmo mal. Mas faço de tudo para que ela se mantenha viva o maior tempo possível. Sei que ela já vai completar 13 anos e está bem próxima do limite de sua raça, que é de 15 anos. Mas eu não gosto de pensar nisso.

Eu amo minha mini poodle que eu chamo de Cristal. Ela é tudo para mim. Estou aposentada há 8 anos e ela é minha companheirinha, a que ouve todos os meus lamentos, que me pede e me dá carinho o tempo todo. Como não amá-la?

Não quero falar em despedida. Se tem pessoas capazes de se livrar de uma companheira de anos sem nenhum tipo de remorso, esse alguém não sou eu. Para mim, a Cristal tornou-se praticamente um membro da família e quando ela nos deixar será como perder um ente querido. Como a outra que perdi, ela será sempre insubstituível!

 

 

(*) Wilse Arena da Costa, Profa. Doutora em Educação. Palestrante, Escritora e Membro Fundadora da Academia Rondonopolitana de Letras/MT, Cadeira n° 10. Contato: wilsearena@hotmail.com

 

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