Opinião

EDITORIAL: Neonazismo tem crescido no Brasil pós Bolsonaro.

Informações indicam crescimento do neonazismo no Brasil, vários pesquisadores monitoram as atividades desses grupos pela internet. Grupos extremistas que propagam discursos de ódio contra minorias, embasados por argumentos nazistas e fascistas, estão aumentando no Brasil, diz pesquisadores que há 18 anos tem estudado sobre movimentos desse tipo em nosso país, identificando um crescimento tanto no número de células neonazistas quanto no engajamento de seus integrantes nos últimos seis meses.

Já são 74 grupos paranaenses em atividade, frente a 69 catarinenses. Foi um crescimento muito grande nesses dois estados, “Isso é preocupante”, avalia um dos pesquisadores. O perfil dos integrantes desses grupos é basicamente formado por gente ligada ao meio rural e a igrejas evangélicas fundamentalistas.

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, a Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) registrou 57 boletins de ocorrência e instaurou 31 inquéritos para apurar ocorrências de intolerância na capital paulista, de janeiro a abril deste ano. Isto faz do estado a unidade da federação com maior atividade neonazista. São 102 células já ldentificadas.

O neonazismo no Brasil, está associado à retórica violenta e discriminatória do governo Bolsonaro, que, sistematicamente tem estigmatizado grupos vulneráveis, isso acaba por legitimar pautas do movimento neonazista, como a segregação de pessoas negras, LGBTs e estrangeiros não europeus”, afirma, a organização SaferNet Brasil em nota divulgada recentemente. Isso tem feito aumentar os ataques a esses grupos.

Bolsonaro também compartilhou em seu Facebook um vídeo com a citação “melhor um dia como leão do que cem anos como ovelha”, frase atribuída ao líder fascista Benito Mussolini (1883-1945), transmitida em 29 de maio, o presidente ainda tomou um copo de leite. Depois ele argumentou que se travava de uma homenagem aos produtores rurais. Mas o gesto é visto como de conotação extremista, já que é adotado por neofacistas.

O número de células tem aumentado, mas o que tem preocupado é o número de membros, que pregam o discurso de ódio, esse tem aumentado dia após dia. E hoje somam 7000, espalhados por todo Brasil

Especialistas, vem associando os gestos do presidente Jair Bolsonaro, como um gatilho para essa onda neonazista, além é claro, da política armamentista defendida por ele desde sua campanha à presidência. Em 2018.

 

 

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