Opinião

Editorial: Televisão brasileira, se espremer sai sangue ou derrama pornografia.

Em 1966, o programa ‘O Homem do Sapato Branco‘ apresentado por Jacinto Figueira Junior, entrou no ar com seu show de misérias e horrores,  permaneceu por vários anos na programação da rede Globo. Foi ele que iniciou na televisão brasileira os chamados programas” Pinga Sangue”. De lá para cá muitos outros apresentadores de programas televisivos, copiaram o estilo “se espremer sai sangue”.

Gil Gomes, Afanásio Jazadji. e outros fizeram sucesso nas telinhas televisivas levando aos lares brasileiros, a desgraça alheia.

Gil Gomes ficou sabendo que havia ocorrido um crime sexual no prédio onde ficava a emissora, ele então resolveu fazer a cobertura do fato ao vivo, inaugurando seu estilo prá lá de dramático andando com o microfone, para narrar o acontecido, empostando a voz e fazendo cara de mau.

Nas pegadas desses pioneiros do estilo “Espreme que sai sangue” muitos outros radialistas e apresentadores de televisão tem seguido o estilo violento de fazer jornalismo, enchendo os lares de sangue, geralmente na hora do almoço das famílias. Programas esses geralmente levados ao ar por emissoras do segundo escalão para baixo, nas pesquisas do IBOPE

Este tipo de programa, começou na Ditadura Militar, que os trazia na rédea curta sob a censura do regime. A constituição de 1988, afrouxou as regras e então virou o descalabro que vivemos.

Hoje em dia, até mesmo muitos Evangélicos, que naquela época não podiam nem ter televisão em casa, e Católicos fervorosos, assistem diariamente esses programas e veem neles tudo aquilo que o mundo oferece de ruim.

Por muitos anos, existiu uma distância muito grande entre o Sagrado e o Profano, hoje os seios, os beijos gay, sexo ao vivo e todo tipo de violência e pornografia estão escancarados nas salas dos lares brasileiros. Mesmo os seguimentos religiosos tendo suas próprias emissoras de televisão, são poucos os fiéis que seguem suas programações.

A mídia sensacionalista traz tudo que acontece de ruim além dos muros das casas, a violência está exposta em seu maior grau de crueldade e a pornografia explícita quebrando a inocência das crianças do nosso país.

Da editoria

 

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