Opinião

Editorial: Zé Carlos assina novo decreto, com ele seu atestado de óbito político

O prefeito José Carlos Junqueira, baixou ontem um decreto liberando a volta de atividades de vários segmentos comerciais, incluindo igrejas. Dias atrás, ele havia liberado o funcionamento de motéis. Aí vem a pergunta, desde quando igrejas e motéis fazem parte dos serviços essenciais? Com essa atitude, o prefeito sob pressão de empresários e pastores, terminou por dar um tiro no próprio pé. Todos sabem que nem o município, nem o estado tem leitos de UTI, nem respiradouros suficientes, para atender a população em caso de agravamento da Covid-19.

A cidade tem acompanhado via imprensa, o rápido crescimento de casos confirmados de contágio pelo coronavírus, que em poucos dias, subiu assustadoramente em Rondonópolis.

No último dia 10 eram apenas 16 casos confirmados e 78 casos suspeitos. No boletim divulgado ontem, os números apresentados eram 37 casos confirmados, 96 suspeitos, 01 óbito, 37 casos descartados e 17 curados. 

Tendo em vista esses números que quase triplicaram nos últimos 05 dias. O prefeito Zé Carlos do pátio. Tinha que ter peito para colocar os pastores e os empresários que o estavam pressionando, pelo afrouxamento das regras da OMS, a assinarem um termo de responsabilidades quanto a contaminação e tratamento dos fiéis e usuários dos serviços de motéis na cidade. Mas, sem titubear assinou este novo e frouxo decreto que vai de encontro a todas as normativas da Organização Mundial de Saúde.

O prefeito Zé Carlos, até então, vinha trazendo o controle da pandemia com rédeas curtas, mas esse novo decreto, ele deu mostra de fraqueza e assinou não só o atestado de óbito de grande parte da população rondonopolitana, mas especialmente o seu próprio. Porque os casos tende a agravar nos próximos dias, se isso acontecer. O prefeito Zé Carlos, assinou seu próprio atestado de óbito. Politicamente falando.

Da editoria

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