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Ford decide fechar três fábricas e encerrar toda sua produção no Brasil

Ford decidiu encerrar toda sua operação fabril no Brasil. Em comunicado na tarde desta segunda-feira, 11, a montadora informou que irá atender os clientes por meio das operações da Argentina, Uruguai e outros mercados.

Com isso, a companhia deve encerrar ainda em 2021 as operações das fábricas de Camaçari, na Bahia, Taubaté, no interior de São Paulo, além da unidade da Troller em Horizonte, no Ceará.

“A Ford encerrará a produção à medida em que a pandemia de covid-19 amplia a persistente capacidade ociosa da indústria e da redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas”, informou em nota.

No comunicado, a companhia afirma que a marca atenderá a região “com seu portfólio global de produtos” e que planeja “acelerar o lançamento de diversos novos modelos conectados e eletrificados”.

Segundo a montadora, a “Ford mantém assistência total ao consumidor com operações de vendas, serviços, peças de reposição e garantia para seus clientes no Brasil e na América do Sul”. A empresa também manterá o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, o Campo de Provas, em Tatuí, interior de São Paulo, e sua sede regional em São Paulo.

No final do ano passado, a  montadora concluiu a venda do complexo fabril de São Bernardo do Campo, em São Paulo, onde eram montados os caminhões da marca e o compacto Fiesta.

“A Ford está presente há mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável”, disse Jim Farley, presidente da Ford, em nota à imprensa. “Estamos mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo nossos consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global.”

A montadora informou ainda que a empresa irá trabalhar “imediatamente em estreita colaboração com os sindicatos e outros parceiros” no desenvolvimento de um “plano justo e equilibrado” para minimizar os impactos do encerramento da produção.

“Nosso dedicado time da América do Sul fez progressos significativos na transformação das nossas operações, incluindo a descontinuidade de produtos não lucrativos e a saída do segmento de caminhões”, disse Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul e grupo de Mercados Internacionais no comunicado.

Ele acrescenta que a chegada de novos produtos melhorou os resultados nos últimos quatro trimestres, entretanto, “a continuidade de um ambiente econômico desfavorável e a pressão adicional causada pela pandemia deixaram claro que era necessário muito mais para criar um futuro sustentável e lucrativo”.

A Ford vem perdendo participação no Brasil de forma persistente. Antes detentora do posto cativo de quarta maior do país, a marca encerrou 2020 na quinta posição do ranking de automóveis e comerciais leves mais vendidos e na sexta colocação se considerados somente carros de passeio.

Fonte: Revista EXAME

 

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