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Greve dos caminhoneiros: Caminhões com insumos hospitalares serão liberados, diz líder da categoria

Apesar da promessa ter sido a mesma durante o governo Temer, algumas regiões registraram falta de insumos, o que prejudicou pacientes em UTI

Michael Melo/Metrópoles

Diante do anúncio de uma nova paralisação dos caminhoneiros em 1º de novembro, aos moldes da greve de 2018, um dos principais líderes da manifestação, Wallace Landim, afirmou que não há motivos para se preocupar com um possível desabastecimento dos hospitais em meio à pandemia da Covid-19.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), conhecido como Chorão, caminhões que carregam insumos hospitalares poderão furar a paralisação, a fim de evitar mais um colapso no sistema de saúde.

 “Em 2018, as mercadorias essenciais, como insumos de hospitais, foram liberadas para andar, agora isso também acontecerá – ainda mais em um momento de pandemia”, declarou Chorão ao Metrópoles.

Apesar da promessa ter sido a mesma durante o governo Temer, algumas regiões registraram falta de insumos, o que prejudicou procedimentos de emergência em instituições de saúde.

Em maio de 2018, por meio de nota, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), representante de 107 estabelecimentos, informou que diversos hospitais precisaram adiar as cirurgias eletivas para dar lugar aos atendimentos de urgência.

Além disso, gases medicinais ficaram com “estoques bastante limitados”, o que afetou pacientes internados em UTI. Outro problema foram as refeições dos pacientes, que precisaram ser adaptadas em razão da escassez na entrega de alimentos frescos.

Uma reunião entre lideranças de caminhoneiros de todo o país, realizada no Rio de Janeiro nesse sábado (16/10), definiu que a categoria está agora em “estado de greve” por 15 dias. Caso as reivindicações do grupo, que incluem a queda do preço do diesel, não sejam atendidas, toda a categoria vai parar em 1º de novembro.

Os caminhoneiros insistem, entre outros pedidos, na volta da aposentadoria especial – concedida depois de 25 anos de contribuições previdenciárias – e na tabela de frete, o chamado “piso mínimo”, que hoje está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF).

“O objetivo da greve é realmente lutar pela nossa sobrevivência, porque temos a informação de que a gasolina ia subir mais 8% até dezembro. Eles [o governo] não estão preocupados com o trabalhador, são negacionistas”, defendeu Chorão.

Metrópoles

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