Do leitor

O verdadeiro amor é mais que um encontro de almas.

Por: Aldeny Alves Oliveira

La no pé do moro, num lugar muito, muito distante da cidade, tem uma casinha simples de palha, com uma tênue fumaça saindo pela chaminé, mostra que naquele lugar, muito, mas muito distante da cidade mora uma família feliz. Nessa casinha de palha, mora um senhorzinho, de cabeça branca, vestimentas simples, chapéu na cabeça e corpo esguio conhecido por seu Toninho e sua esposa, uma senhora de pele clara, cabelos longos e grisalhos é conhecida por todos por dona Flor.

Na sua juventude, Dona flor era uma linda jovem de cabelos negros, sorriso encantador, corpo esbelto, antes de se casar, morava com seus pais em uma cidadezinha chamada de Borocotó. Um dia a moça de sorriso encantador estava indo para escola, observando e ouvindo o canto dos pássaros enquanto apreciava a beleza do lugar, aquecida, pelo sol da manhã, andando meio distraída e sem querer acabou esbarando em um lindo jovem, nesse momento seus livros que costumava carregar nos braços, caíram no chão, levando um baita susto, mas que depressa o jovem pediu desculpas e ajudou Flor a recolher o material, nesse mesmo instante, o lindo rapaz acabou tocando suas mãos que estavam tremulas, o rosto rosado estampava um tímido sorriso de vergonha, tudo por conta do nervosismo, pois ela nunca tinha passado por uma situação assim.

Neste momento mágico trocaram olhares e um leve sorriso, Flor perguntou o nome do rapaz, que num balbuciar quase inaudível disse, Toninho, conversaram por alguns segundos e se despediram. Flor ficou tão feliz, com o imprevisto que tinha acontecido entre ela e aquele rapaz, suspirou profundamente, e pensou: Nossa! Além, de lindo,é muito educado, um verdadeiro cavalheiro.

O tempo passou e Flor não conseguia tirar aquelas lindas lembranças da cabeça, não mais tinha visto o belo moço. Todos os dias passava pelo mesmo caminho, na esperança de encontra-lo novamente, mas, era em vão.

O jovem Toninho mora em uma fazenda com seus pais, havia ido na cidade comprar mantimentos para a família e os amimais, ele ficou encantado com a beleza daquela moça e imaginava reencontrar com ela num outro dia, será que ela o reconheceria, ou já havia esquecido o acidente. O tempo passou e Toninho, sempre com a linda moça Flor nos seus pensamentos, mas era sonhar demais, pensava ele – esse amor é impossível, uma moça da cidade nunca iria querer casar com bruto da roça que mora naquele lugar muito longe da cidade.

Flor já não tinha esperança de reencontra-lo novamente, por seu lado Toninho pensava! será que ela tem algum pretendente ou namorado? No mês seguinte o pai de Toninho pediu para ele novamente ir comprar alimentos para a família, o jovem pensou, vou passar pelo mesmo caminho, quem sabe terei a sorte de encontrar aquela linda moça. Ele se vestiu com sua melhor roupa, camisa de mangas longas, calça apertadinha, botas engraxadas e seu belo chapéu de caubói, passou seu perfume preferido e saiu bem cedo em direção a cidade.

Na mesma estradinha empoeirada, Flor andava lentamente como se tivesse desfilando, quando viu Toninho se aproximando, seu coração disparou, quase saindo pela boca, Toninho por sua vez ficou muito feliz e nervoso, ele caminhou rapidamente ao seu encontro, Flor não sabia o fazer quando viu Toninho, ficou pálida, tremula, o mesmo se aproximou e a cumprimentou com um aperto de mão e um leve beijo na sua face, Toninho acompanhou a bela moça até a escola que ficava próxima. O jovem rapaz a convidou para tomar um sorvete após a aula, Flor não conseguia concentrar nas aulas, ansiosa para terminar e chegar a hora de encontrar om seu lindo pretendente.

O tempo mais que voou para Toninho que fez todas as compras e ficou esperando a hora combinada para o sorvete, pois tinha que voltar para a fazenda, os afazeres não esperam e seu pais já estavam com idade avançada e não conseguiam realizar todo trabalho da fazenda. Quando a aula acabou Toninho estava lá, acompanhou Flor até a sorveteria. Aproveitaram o momento para conversar, o lindo rapaz, acabou criando coragem e perguntou se a moça queria namorar com ele, Flor deu um largo sorriso e disse que precisaria da autorização dos seu pais. Toninho então pediu para ela marcar um dia para ele pedir o namoro oficialmente aos pais de Flor, despediram e foram embora. Flor saiu correndo, transbordando felicidade, alegria, que não cabia no seu peito. Ao chegar em casa, sua mãe dona Claudia percebeu que havia algo diferente em Flor, estava cantarolando, sorrindo, pulando de alegria e então resolveu perguntar o que tinha acontecido para ela estar tão feliz, Flor resolveu contar para sua mãe, que também ficou feliz, compartilhando a felicidade da filha. Afinal, Flor já é uma moça e precisa se casar, pensou Dona Claudia, contou para seu esposo Joaquim que ficou com o pé atrás, querendo saber quem era esse rapaz, pois ninguém o conhecia na cidade.

Marcaram a reunião familiar, que seria próxima vez que Toninho viesse até a cidade, Flor ficou incumbida de levá-lo para conhecer seus pais. No mês seguinte, Toninho veio a cidade, assim que se encontraram, Flor lhe disse que seus pais queriam conhece-lo, ao chegar na casa dos pais da moça, ele estava muito nervoso pois não sabia qual seria a reação deles e pensava, com seus botões e se os pais dela não gostar de mim, o que será desse amor? Toninho foi bem recebido por seu Joaquim e dona Claudia, falaram sobre muitos assuntos, especialmente sobre a família do rapaz, seu Joaquim queria saber tudo, quem era, o que fazia e qual a real intenção dele para com sua filha. Toninho respondeu todas as perguntas – dizendo que se Flor quisesse, ele se casaria com ela, mas no momento ele queria autorização para namora-la.

Seu Joaquim percebeu que o rapaz era um homem honrado, direito, trabalhador, acabou consentindo o namoro, Flor ficou muito feliz, com o consentimento dos seus pais para Toninho frequentar a casa da família e logo resolveram se casar. Os pais de Flor faziam muito gosto desse casamento e não mediram esforço apara realizar uma linda festa. Casamento marcado, festa organizada e chegou o grande dia. A igreja estava toda enfeitada com flores brancas esperando o momento da cerimônia. Na hora marcada Toninho estava lá no altar, todo arrumadinho de terno engomado, ao lado dos seus pais, padrinhos e convidados. A igreja estava lotada, pois o pai de Flor era um senhor muito conhecido na cidade e com muita influência. Flor entrou na igreja com o hino da virgem Maria, estava linda, toda de branco, acompanhada de seu pai com os olhos cheios de lagrima transbordando alegria em casar sua filha. Após o casamento, foram todos para a grande festa, preparada especialmente para Flor, única filha de Seu Joaquim e dona Claudia..

Depois de casada, Flor foi morar com seu amado nessa casinha simples de palha, que solta uma tênue fumaça pela chaminé, lá no pé do morro, num lugar muito, mais, muito distante mesmo, com seu grande amor. Tiveram 3 filhos, 2 meninos e uma menina, o mais velho chama, Alberto, o segundo Jonas e a terceira uma menina chamada Joana, que cresceram felizes naquele lugar lindo. Os filhos já casados, foram embora.

Mas naquela casinha simples, humilde e feliz seu Toninho e dona Flor não moram sozinhos, eles dividem o espaço com o amor, a alegria, o respeito, a harmonia ea felicidade, que são os elementos usados para alimentar uma relação e um VERDADEIRO AMOR.

 

Aldeny Alves Oliveira é graduada em Ciências Biológicas pela UFMT, graduação em Pedagogia pela FAERP.(Faculdade entre Rios do Piauí), pós-graduação em Saneamento Ambiental, pela Faculdade Integrada da Grande Fortaleza, pós-graduação em Ludopedagogia pela Prominas, pós-graduação em Autismo pela Dom Alberto e contista em Rondonópolis.

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