Polícia

Pastor condenado por estupro é preso acusado de estuprar missionária

No mesmo mês em que cometeu crime, líder religioso foi condenado por estuprar criança de 9 anos

Pastor condenado por estupro é preso acusado de estuprar missionária
Uma equipe da 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires) prendeu preventivamente Júlio César Aparecido Pereira dos Santos, 40 anos, conhecido como Pastor César, investigado por estupro. O líder religioso, que havia violentado uma menina de 9 anos, em 2020, fez mais uma vítima em fevereiro último, mesmo ano em que foi condenado pelo crime contra a criança.

O pastor praticou o estupro mais recente contra uma missionária de 41 anos, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Para os investigadores, Júlio César se aproveitou da influência como líder religioso para convidar a vítima a um monte em Samambaia, supostamente um encontro para orações. Ao dar carona para a mulher, porém, o abusador desviou o caminho e a estuprou na casa dele.

Ao saber da denúncia feita à polícia pela vítima, o criminoso encaminhou um áudio à missionária, para tentar fazê-la voltar atrás com o registro da ocorrência.

“O pastor tem passagens [ficha criminal] pela prática de delitos, como violência doméstica, tráfico de drogas, homicídio e furto. No último sábado [6/3], a equipe da 38ª DP cumpriu a prisão preventiva do investigado, com base na Constituição Federal e na legislação vigente”, comentou o delegado-chefe da unidade policial, Pablo Aguiar.

Estupro de vulnerável

Em dezembro de 2020, Júlio Cesar foi denunciado anonimamente pelo estupro de uma criança de 9 anos. O crime, enquadrado na Lei Maria da Penha, teria sido cometido contra uma parente, também em Vicente Pires. O abusador acabou condenado a 16 anos e 3 meses de reclusão por estupro de vulnerável.

Contudo, apesar da condenação, o pastor forneceu endereços incorretos à Justiça, para evitar ser intimado e tentar “fugir” do cumprimento da pena.

A PCDF divulgou a imagem do preso a fim de permitir que outras possíveis vítimas possam reconhecê-lo e procurar a polícia para contribuir com as investigações.

“Somadas a gravidade em concreto do crime; a condição de líder espiritual com acesso a pessoas indeterminadas; a existência de mais de uma vítima conhecida das autoridades; a natureza e a forma de execução do crime, é possível a existência de outras vítimas. O objetivo [da divulgação da imagem] é que, caso elas existam, que se empoderem e possam procurar a delegacia”, informou a corporação, por meio de nota.

J1

Foto: Reprodução

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