Polícia

Polícia prende suposto pastor por roubos de R$ 240 mil do banco do Brasil e Sicredi

Raimundo Nonato de Souza possui duas condenações por roubo, ficou preso por sete anos e ministrou cultos dentro do presídio.

Raimundo Nonato de Souza foi preso pela Polícia Civil após ser identificado nas câmeras de segurança.

Um pastor, identificado como Raimundo Nonato de Souza, 47 anos, foi preso na manhã desta sexta-feira (7) por assaltar uma agência do Banco do Brasil, no município de Rondonópolis (212 km de Cuiabá), na quinta-feira (6), de onde levou R$ 40 mil. 

De acordo com a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) do município, o pastor já havia cometido assalto a uma agência da Cooperativa Sicredi, em fevereiro deste ano, quando roubou R$ 200 mil. 

A polícia chegou até Raimundo após ver imagens das câmeras de segurança do estabelecimento. Ele foi preso em uma das ruas da cidade.

Na abordagem, os agentes recuperaram cerca de R$ 10 mil. Ao ser questionado sobre o resto do dinheiro, ele disse que tinha ficado com seus comparsas, que ainda não foram identificados.

Durante o interrogatório realizado na delegacia, o bandido também confessou ter cometido outros dois assaltos. O primeiro foi em novembro de 2020, em uma joalheria, onde ele levou cerca de R$ 300 do caixa.

Nos três crimes o criminoso usou uma arma de brinquedo, que foi apreendida pela polícia.

O pastor possui duas condenações por roubo e ficou preso por sete anos. Neste período, ele ministrava cultos dentro do presídio.

A Polícia Civil segue investigando o caso.

OUTRO LADO

Após a divulgação de que o preso era pastor, a Igreja Assembleia de Deus emitiu nota dizendo que ele era apenas um cooperador. Raimundo foi convertido dentro do presídio da Mata Grande, onde orava por seus colegas de cela. Após sair por bom comportamento, ele se tornou ativo nas redes sociais, o que gerou “certa liderança entre os dele”.

Esclarecimento

Assembleia de Deus esclarece que assaltante de Rondonópolis não é pastor

O pastor Ildo Rodrigues, secretário adjunto da diretoria da igreja evangélica Assembleia de Deus, em Rondonópolis, representante direto do pastor José Genésio da Silva, presidente da IEAD na cidade, esclareceu, na noite desta sexta-feira (7), que Raimundo Nonato de Souza, de 48 anos, preso em Rondonópolis durante um assalto que resultou na subtração de R$ 40 mil, em uma agência bancária local, não é um pastor da agremiação.

Diferente do que muitos veículos de comunicação divulgaram, aportados em falas informais levantadas por testemunhas, Raimundo é um membro cooperador da igreja, que teve seu encontro com Deus quando ainda estava no presídio da Mata Grande, para onde acaba de retornar. O pastor Ildo afirma que Nonato nunca recebeu da igreja tal cargo de liderança.

“Ele foi batizado nas águas, encontrou Jesus e como não podemos ter acesso a todos os atos da comunidade evangélica que existe dentro do presídio, Raimundo acabou, por algum momento, orando com seus irmãos de cela, louvando ao senhor e por seu perfil, eventualmente, pode ser que ali adquiriu certa liderança entre os dele. Mas isso jamais teve o crivo da igreja, a ponto de lhe ser atribuída tal nomenclatura”, detalhou.

Ildo acrescenta que o irmão Eli Alves foi quem sempre pastoreou e coordenou o trabalho da Assembleia de Deus dentro da Mata Grande. Eli perdeu a batalha para a COVID-19, em janeiro de 2021. “Raimundo chegou a ser solto pelo bom comportamento que acumulou, aqui fora o acolhemos, constituiu família e tornou se nosso cooperador, o que, obviamente, tem uma distância enorme até a posição de pastor”, reiterou.

O pastor diz que a igreja lamenta o fato, mas reforçou que apoia integralmente o trabalho da polícia e da Justiça no caso. ”Infelizmente, não podemos prever e muito menos impedir uma situação dessas. Muitos são os que nestas condições jamais retornam à sua antiga vida, mas há alguns que caem e a partir disso nós esperamos que a justiça dos homens faça seu trabalho, não nos resta mais nada. Deus, em sua infinita misericórdia, sempre estará de braços abertos pra ele e pra todos nós”, finaliza Ildo.

GAZETAMT

 

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