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RJ: Cedae diz que parada da Estação do Guandu foi protocolo emergencial


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Ponto de capacitação da Estação do Guandu
Mário Moscatelli

Ponto de capacitação da Estação do Guandu

 O presidente da Cedae , Edes Fernandes de Oliveira, disse, nesta sexta-feira (22), que a paralisação, por dez horas, da Estação de Tratamento (ETA) do Guandu , no Rio de Janeiro ,  foi um “protocolo operacional definido como plano de contingência” do local.

Segundo ele, não houve uma comunicação prévia à população para que poupasse água por se tratar de uma medida emergencial. As declarações foram dadas durante o “Bom Dia Rio”, da TV Globo. Segundo relatos recebidos pelo telejornal, há indícios de problemas no abastecimento em Gardênia Azul (Zona Oeste), Del Castilho (Zona Norte), Campo Grande (Zona Oeste), Jardim América (Zona Norte), Irajá (Zona Norte) e Riachuelo (Zona Norte).

“Iniciamos o religamento da estação um pouquinho antes das seis horas da manhã (desta sexta). Ao longo desta manhã estaremos normalizando o processo de produção de água e ao longo do dia restabelecendo o abastecimento da população. É importante salientar que, ao retomar o sistema, há uma previsão que o abastecimento se restabeleça num prazo de 48 horas”, disse que salientou que “muitas pessoas nem vão sentir da falta d’água”.

Ele afirmou que serviços prioritários — como hospitais, delegacias e escolas — que tiverem problema no abastecimento receberão caminhões-pipa.

A paralisação do Guandu ocorreu após queixas de moradores de pelo menos 24 bairros do Rio e de duas cidades na Baixada Fluminense de que a água estava chegando em suas casas com cheiro e gosto ruins. De acordo com Edes, os procedimentos para tentar evitar que algas se proliferassem na lagoa que abastece a estação de tratamento começaram na terça-feira (19), após análise de qualidade da água.

Na quarta-feira (20), a Cedae recebeu duas queixas em relação à qualidade da água e, nesta quinta, elas aumentaram. Testes estão sendo feitos para identificar a substância que provocou as alterações.

“As características de gosto e odor relatadas e que percebemos são características de geosmina, mas só podemos afirmar o que é quando o resultado ficar pronto”, ressaltou Edes.

O problema na qualidade na água acontece um ano depois de os consumidores passarem pela mesma situação : no verão do ano passado também houve queixas de odor e gosto ruins, além de alteração na coloração. De acordo com o presidente da Cedae, essa época do ano é propícia para a proliferação de algas .

“Na verdade, a produção de alga tem três fatores importantes: quantidade de nutrientes, água parada, com pouco escoamento, e a luz. Ou seja, condição bem propícia do verão. E como estamos em período sem chuvas, isso possivelmente se agravou”, disse ele, que garantiu que este “não é um verão de água ruim”.

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