Variedades

Sara Sarres, estrela de musicais, ajuda na reabilitação de pacientes pós-Covid

Cantriz’ conversou com Quem sobre a motivação para a formação em Fonoaudiologia e contou como a reabilitação de pacientes deu novo sentindo a sua vida.

Os aplausos entusiasmados tem acompanhado Sara Sarres nos seus mais de 20 anos de atuação em grandes musicais como O Fantasma da ÓperaCats Les Misérables. Durante a pandemia, no entanto, a estrela dos palcos tem recebido seu reconhecimento profissional de forma mais singela, por meio de um sorriso, um olhar ou uma palavra que os pacientes lhe dão em seu estágio em Fonoaudiologia na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, aonde atualmente atende pessoas que ficaram com sequelas da Covid.

“Sempre fui apaixonada por voz e comecei muito cedo a fazer aula de canto. Venho do teatro musical, da ópera e em paralelo sou educadora musical. Acabei me decidindo por fazer Fonoaudiologia com o foco de melhorar o treinamento da voz artística, mas fui 100% transformada durante a graduação por entender melhor o que essa nova função pode trazer de benefício ao próximo. A pandemia deu um novo olhar para o meu trabalho. Estou trabalhando com a reabilitação neurológica, de linguagem e de respiração de pacientes pós-Covid, que tem deixado muitas sequelas que comprometem a fala, olfato e audição”, conta.

Sara relembra os primeiros meses de estágio, no começo do ano passado. O medo da então desconhecida Covid-19 não a limitou.

“Três meses após a pandemia estourar, estava todo mundo em casa, sem vacina, sem saber como esse vírus iria evoluir… Não pensei duas vezes e decidi que queria fazer o estágio presencial. Não queria ficar parada sabendo que poderia ajudar alguém. Briguei muito para fazer esse estágio na Santa Casa porque queria estar à disposição de quem mais precisasse. Tive medo, claro. Saía com duas máscaras, óculos de proteção… Não sabia com o que estava lidando. Hoje me sinto transformada. Diariamente me emociono com a evolução dessas pessoas que estão lutando pela vida, que por causa do agravamento da doença, precisam reaprender coisas básicas do cotidiano como voltar a falar ou engolir corretamente. É extremamente emocionante ver que você ajudou de certa forma essa pessoa.”

Revista Quem/Foto:Osmar Lucas

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