Polícia

Thiago Brenannd deve chegar ao Brasil até janeiro, diz delegada que participou da prisão de empresário.

Segundo Ivalda Aleixo, extradição de milionário preso por agredir modelo pode acontecer entre novembro e janeiro de 2023.

Preso em Abu Dhabi, Thiago Brennand deve chegar ao Brasil até janeiro de 2023

O empresário Thiago Brennand, de 42 anos, preso na noite da quinta-feira (13), em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, em uma operação conjunta da polícia brasileira e local, deve chegar ao Brasil até janeiro de 2023. A informação foi confirmada ao R7 pela delegada Ivalda Oliveira Aleixo, da Divisão de Capturas, do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE), de São Paulo, que participou da prisão do milionário. 

“Alguns casos levam até seis meses. Mas com repercussão desse caso, a gente espera agilizar isso. Espero que até o final do ano, no máximo, em janeiro, ele seja extraditado para o Brasil”, disse Ivalda. Segundo ela, agora, a polícia e as autoridades que trabalham no caso levarão entre 30 e 40 dias para dar andamento à parte burocrática e traduzir documentos oficiais para a justiça dos Emirados Árabes.  

Com os documentos, é autorizada extradição. “Tenho a convição de que conseguiremos agilizar esse processo porque é de interesse nosso por conta do deboche que ele fez com a Justiça”, disse a policial. De acordo com ela, alguns eventos previstos para o final do ano, como o recesso judiciário, podem influenciar no curso do processo. 

Com a prisão, Brennand fica preso preventivamente em uma unidade prisional para presos estrangeiros nos Emirados Árabes. “Como ele praticou um crime aqui no Brasil, ele está em presído para estrangeiros”, informa Ivalda, que espera confirmar o local ainda nesta sexta-feira (14). “O governo brasileiro tem interesse em trazê-lo.”

Brennand deixou o Brasil no dia 4 de setembro. Como ele não chegou a ser ouvido pela Justiça, quando retornar ao país ele será interrogado por um juiz, pelo Ministério Público e por advogados de defesa. “Será o momento em que ele poderá compor eventuais provas em sua defesa”, explica Ivalda. 

A polícia espera que a partir de agora outros vítimas passem a denunciá-lo. “Já temos conhecimento de outras vítimas que começam a se sentir encorajadas”, afirmou Ivalda. Com isso, outros processos podem ter início. “Para cada processo, cabe uma decisão judicial, uma condenação ou um mandado de prisão preventivo”, diz a delegda. No caso da agressão da modelo Helena Gomes, os advogados de Brennand entraram com habeas corpus, mas foi negado. 

A delegada lembra ainda que quando Brennand deixou o país, ela chegou a se sentir frustrada. “Na minha cabeça de delegada e cidadã veio a frustração. No outro dia, a informação é que ele voltaria. Mas, não acreditei e isso foi bom porque deu o ensejo para o mandado de prisão. é uma satisfação profissional e pessoal porque ele trata as mulheres como objetos.”

R7

Foto: REPRODUÇÃO/FACEBOOK

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