Autos e Motores

Volkswagen encerra produção do Fusca após 81 anos

Último exemplar do Fusca saiu da linha da fábrica de Puebla, no México, no último dia 10

A Volkswagen acaba de encerrar uma história iniciada há 81 anos e deu origem à marca. A última unidade do Fusca deixou a fábrica de Puebla, no México no último dia 10 de julho de 2019. O modelo ficou conhecido pelo nome de Beetle (besouro) no mundo todo, no Brasil se popularizou como Fusca.

O Beetle Last Edition tem detalhes cromados, espelhos da cor da carroceria e limpadores de faróis com jatos d’água aquecidos, entre outros diferenciais. De série, o Fusca tem partida por botão, volante multifuncional revestido de couro e pedais feitos de alumínio. Há ainda central multimídia. O motor é um 2.0, com turbo, a gasolina. O quatro-cilindros gera 180 cv de potência e 25,4 mkgf de torque. O câmbio é automático de seis velocidades. A tração é na dianteira.

Desde a segunda geração, que surgiu em 1998 e foi batizada de New Beetle, o carro utiliza a plataforma do Golf. Até então, o Fusca tinha motor de quatro cilindros do tipo boxer – com cilindros horizontais opostos. A refrigeração era a ar.

O carro que sai agora de cena é da terceira geração, lançada em 2011. Com ela a Volkswagen adotou o “nome local” utilizado em cada mercado onde ele era vendido.

O “carro do povo” deu início à Volkswagen. O símbolo da marca, um “V” sobre “W”, são as iniciais de Volks (povo) e Wagen (veículo). O projeto foi encomendado por Adolf Hitler a Ferdinand Porsche em 1935. Anos depois, serviria de base para a criação do 356, primeiro carro da Porsche e precursor do 911.

A ideia era oferecer um resistente e de baixo custo para motorizar a Alemanha. O Fusca foi lançado em 1938 se transforou em um dos veículos mais vendidos do mundo. Conhecido como Type 1, o modelo é baseado nos projetos Typ 12 e Typ 32, assinados por Porsche.

Fusca no Brasil

No Brasil, o modelo foi batizado de Volkswagen Sedan, Mas logo passou a ser chamado de “Fusca”. O novo nome acabou sendo adotado pela fabricante. Sua origem tem a forma como os brasileiros pronunciavam a Volkswagen.

Em alemão, o “V” tem som de “F” e o W tem som de “V”. No caso da sigla VW, os alemães da empresa pronunciavam algo como “fauvê”. Daí pra virar “Fusca” foi um pulo.

No Brasil, a produção do simpático carrinho teve início em 23 de março de 1953. O Volkswagen era montado no bairro do Ipiranga, na zona sul de São Paulo. As peças eram importadas da Alemanha. Esse sistema de produção foi mantido de 1953 a 1957.

Graças ao sucesso, a Volkswagen decidiu erguer uma fábrica para produzir o Fusca no Brasil. Em 3 de janeiro de 1959 teve início a produção do Fusca com peças feitas no País. A planta, às margens da Rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, continua em operação.

No primeiro ano do modelo nacional, foram vendidas 8.406 unidades. Durante 23 anos seguidos (desde o lançamento até 1982), o Fusca foi o carro mais vendido do Brasil.

Em 1986, o Fusca saia de linha pela primeira vez no Brasil. Com isso, a única planta que continuo produzindo o modelo foi a de Puebla.

Em 1993, a Volkswagen voltou a fabricar o Fusca no País, a pedido do então Presidente da República, Itamar Franco. O carro teve sobrevida até 1996, quando se aposentou de forma definitiva no Brasil. Para marcar o fim da produção, a Volkswagen lançou a edição especial Série Ouro.

Fonte Folha de Londrina/Fotos Assessoria Volkswagen

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *