Do leitor: COTIDIANO DO APOSENTADO EM TEMPOS DE PANDEMIA

Por Wilse Arena da Costa

Diante da necessidade de permanecer em casa por causa da pandemia da Covid-19, cada um faz o que pode para passar o tempo. De repente, uns descobrem sua aptidão para a pintura, artesanato, horticultura, costura, jogos online, leitura, entre outras atividades que, em alguns casos, acabam se tornando até em uma fonte de renda complementar; em outros, só um meio de ocupar o tempo mesmo e presentear amigos e parentes. O importante é se ocupar com algum tipo de atividade produtiva, caso contrário, a pessoa, sobretudo as mais velhas e já aposentadas, acaba se sentindo inútil e, quase que automaticamente, entra em depressão. Uma condição nada favorável, tanto para quem se sente mal, quanto para aqueles que vivem em seu entorno, sendo que as consequências podem chegar a desfechos nefastos, como o suicídio.

Eu também me enquadro nesta situação. Sou aposentada e há um ano só saio de casa para fazer exames laboratoriais e ir ao médico. No entanto, a não ser costurar de vez em quando, não consigo me envolver com nenhum outro tipo de atividade a não ser a escrita. Nunca escrevi tantos artigos como neste período, sobre os mais variados temas do cotidiano: o amor, família, política, corrupção, loucura, pobreza, homossexualidade, entre outros.

Sem falsa modéstia, penso que meus artigos provocam a reflexão crítica dos (as) leitores (as) e esse é o meu objetivo quando os escrevo. Não quero impor minhas ideias e concepções sobre nada, mas que meus textos sejam provocativos o suficiente para que quem comece a ler não tenha desejo de parar e, no final, se pegue a pensar sobre o que leu estabelecendo relações com o seu cotidiano e o contexto histórico, político, social e cultural em que ele acontece. Nesta oportunidade, por exemplo, que tal uma viagem no tempo, da adolescência à atualidade: De todos os sonhos, o que foi realizado? Que novos planos surgiram com a maturidade? Quais as principais conquistas profissionais? Sente-se profissionalmente realizado (a)?

Trata-se de questões para levantar o astral e não para retomar amarguras ou se vangloriar de aquisições financeiras. Por isso, não perca tempo com detalhes sórdidos. O que se deve levar da vida é a vida que vivemos e não os bens que acumulamos

QUE SINTOMAS SÃO ESTES?

O peito dói A garganta fica seca Certeza que vem a enxaqueca E a sensação de estar sendo sufocado (a) Os batimentos do coração se descontrolam Ora rápidos demais, ora parece que vão parar Aumenta a dificuldade de respirar O que causa inquietação e desassossego E ainda tem os pensamentos negativos Que levam a ataques de ansiedade E dificultam a vida em sociedade Todos sintomas de ANGÚSTIA Mas não é para desanimar Não se trata de uma experiência transcendental Mas de sintomas a serem tomados como alavanca para nosso crescimento físico e mental

.

(*) Wilse Arena da Costa, Profa. Doutora em Educação. Palestrante, Escritora e Membro Fundadora da Academia Rondonopolitana de Letras/MT, Cadeira n° 10. Contato: wilsearena@hotmail.com

Você pode gostar...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *