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Safra 2022/2023 acende alerta vermelho para logística e armazenagem de grãos em MT

Enquanto a safra recorde de grãos em Mato Grosso deve chegar a quase 100 milhões de toneladas, o problema do déficit de armazenagem já deixou o sinal amarelo e avançou para o vermelho. A capacidade de armazenagem para a safra atual está em 44,78 milhões de toneladas, aumento de 8,80% ante o ciclo 2021/22, em função disso, o déficit de armazenagem está projetado em 64,09 milhões de toneladas, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada (Imea).

Contudo, apenas algumas soluções pontuais têm sido realizadas pelo setor produtivo, embora exija olhar estatal por uma questão de segurança alimentar. Isso é o que aponta o CEO da SIM Consult, João Augusto Birkhan.

Uma delas partiu da própria pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) por meio do programa Armazena MT, com intuito de fomentar a construção de armazéns e desburocratizar o acesso ao crédito para o agricultor.

Outra solução é da SIM Consult. A empresa deve lançar um aplicativo para facilitar a troca de produtos (soja e milho) evitando o contrafluxo nas estradas, que colaborará com a logística de escoamento propiciando redução de custos.

“Não são soluções resolutivas e sim que amenizam parte do atual problema. Ainda assim é preciso um olhar mais atento do Governo Federal e Estadual para sanar essas deficiências. Mato Grosso tem elevado anualmente sua produção de soja e milho, contribuindo desta forma, para o aumento das exportações destes produtos, principalmente para a China”, destacou.

Ao fazer um retrospecto sobre os problemas na safra 23/24, Birkhan destaca que não dá mais para pensar somente em aumentos de área, produção e produtividade.

“Temos que nos preocupar a resolver urgentemente as deficiências de logística, armazenagem e transporte dos produtos. No início da colheita as águas das chuvas que atingiram as principais regiões produtoras do Estado criaram um acúmulo e concentrou o volume da colheita, congestionando as rodovias e portos, com grandes problemas com o carregamento dos navios. Essa adversidade refletiu na desvalorização do valor do prêmio – que é o valor que corrige os valores negociados nas Bolsas de futuros, como a Bolsa de Chicago, para o valor das negociações do produto físico. Temos que levar a questão de armazenagem como ações de Estado”.

RegionalMT

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